quarta-feira, 6 de junho de 2012

A individualidade não pode deixar de ser respeitada.







Há companheirismo até debaixo d’água? E se o outro não souber nadar? É fato que ser companheiro do outro é o mais importante no casamento, mas os limites existem a partir do momento que há possibilidade de prejuízo para uma das partes.
A psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge explica que esse companheirismo não deve existir nos momentos de erro de um dos dois. “Por exemplo, em uma situação de perigo, se os dois se prejudicarem não haverá ninguém pra socorrer.”
Muitos acreditam que, para provar o companheirismo e o sentimento, a pessoa deve estar sempre disposta a tudo, mesmo que for contra ao seu gosto e desejo. “A partir do momento que você obriga o outro a fazer o que não gosta, está invadindo o espaço dele e é esse o limite do companheirismo.”
Um exemplo de casal assim foi Adão e Eva, que até mesmo na hora de desobedecer a Deus estavam juntos. “Neste caso, se Adão não tivesse aceitado a sugestão de sua esposa de comer do fruto proibido, mudaria toda a história da humanidade. Mas tudo o que aconteceu teve um propósito de Deus”, conta a psicóloga.
Quando a falta de companheirismo coloca em cheque o querer do outro, muitas vezes pode levar ao fim do casamento. “Para alguns pode mesmo acontecer isso, mas se a pessoa raciocinar e começar a olhar o outro como um indivíduo, não sendo egoísta, olhando para o outro e reconhecendo suas necessidades, gostos e principalmente se colocando no lugar, isso também é companheirismo”, ressalta Débora.
Geralmente, as pessoas relacionam o amor com o ser ou não companheiro. “Se há amor, há companheirismo dentro dos limites do outro, respeitando-o como é. Uma coisa está muito ligada à outra, mas não costuma haver esta compreensão entre os casais.”
Para Débora, ser companheiro é simplesmente entender o outro. “Há como ser companheiro, independente de qualquer coisa, vendo o outro como um ser diferente. Para que o companheirismo esteja acima é preciso dar valor à individualidade, mesmo que os gostos, as atitudes sejam diferentes.”



Arcauniversal.

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